Na evolução do paciente com síndrome do intestino curto e falência intestinal, a utilização de nutrição parenteral pode ser um item primordial para a melhora da sua evolução clínica.
A nutrição parenteral domiciliar é uma opção para pacientes, crianças e adultos, que necessitam da administração endovenosa de nutrientes, uma vez que a nutrição oral ou enteral não é suficiente ou possível, no conforto de seus lares.
É um tratamento complexo que requer supervisão médica especializada e uma equipe multidisciplinar, incluindo nutricionistas e enfermeiros para garantir que as necessidades nutricionais do paciente sejam atendidas de forma adequada e segura, com a mesma qualidade de um ambiente hospitalar.
Quando pode ser realizada a nutrição parenteral domiciliar?
- Paciente com estabilidade clinica: sem alterações metabólicas ou laboratoriais significantes e em melhora do estado nutricional.
- Materiais específicos para cuidados com cateter venoso central e nutrição parenteral: bomba de infusão, curativos, kit salinização, entre outros.
- Domicílio adequado para cuidados específicos: local apto para realização de procedimentos com segurança, arejado, disponibilidade de espaço para manter bomba de infusão e armazenamento de materiais.
Além disso, é fundamental que os cuidadores e familiares recebam treinamento específico e adequado sobre cuidados com cateter venoso central e administração da nutrição parenteral, além do manejo de potenciais complicações associadas à terapia.
Benefícios da nutrição parenteral domiciliar
O dia-a-dia dentro de um hospital pode ser estressante e cansativo, tanto para o paciente, quanto para sua família. A nutrição parenteral domiciliar permite com que o paciente possa retornar a sua rotina, junto com sua família, no bem-estar de sua casa, podendo reduzir a ansiedade do tratamento e também fornecendo uma maior flexibilidade de horários conforme sua necessidade.
Além disso, não estar internado em um ambiente hospitalar também pode diminuir os riscos de infecções, principalmente as relacionadas ao cateter venoso central. Para muitos a melhora do desenvolvimento social e psicomotor é significante, incluindo um nível maior de independência nos seus cuidados, podendo retornar aos afazeres diários, escolas e trabalhos.
Estar em casa possui um impacto significante na melhora da qualidade de vida para o paciente e todos envolvidos nessa jornada.
